Violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza. Dalai Lama
terça-feira, 27 de novembro de 2012
A violência esta aí, aqui, lá....
Pensar a violência é antes de tudo enxergar o simbolismo que está por trás dos atos de violência. Por exemplo, quando se agride um homossexual simplesmente pelo fato de ele ter uma orientação sexual diferente daquela estabelecida pela norma, percebemos que o campo simbólico ( o que representa a homossexualidade para a cultura e as idéias pré-concebidas que alimentam este símbolo ) é o motor, a justificativa, que faz com que a violência se torne real. A violência simbólica está na cultura, nos valores que a cultura constrói, e estão aí, aqui, lá, em todo os lugares físicos, e, principalmente dentro de cada um, pulsando em cada pensamento, gesto, atitude preconceituosa. Essa força é tão intensa que, mesmo passados mais de um século do fim da abolição da escravatura, ainda existe a violência contra alguém que não é de origem européia. Derrotar a violência é vencer o símbolos que permeiam nossa vida, nossa relações sociais, nossas pequenas e grande atitudes, é a mais difícil de ser exterminada pois age sem nos darmos conta, agride sem sentir culpada, está no inconsciente coletivo como diria Carl Gustav Jung, é um inimigo invisível, inimigo de todas minorias, pois é uma violência que privilegia a lógica da maioria. Nas profundezas do nosso ser estão as idéias de que é a mulher foi a culpada pelo pecado original, que a submissão ao homem foi estabelecida por Deus, que ela é inferior ao homem, esse símbolo do que representa o feminino dentro da nossa sociedade é a mola propulsora que movem muitas agressões a mulher, não só físicas, como morais. A violência simbólica é a mãe de todas as outras violências discutidas neste blog sendo a mais poderosa, pois está pronta em nosso inconsciente e cabe a nós lutamos contra ela. Mas essa luta é coletiva, não adianta um ou dois somente, travarem essa batalha sozinho. Essa luta pode ser vencida através da educação, uma educação capaz de levar o indivíduo a criticidade, a ser artífice do seu desenvolvimento. Não falo deste sistema educacional que está aí, que reproduz estes valores, estes símbolos. Uma educação que permita incluir cada vez mais pessoas a uma vida materialmente e espiritualmente mais digna. É difícil, porém é possível diminuir ou quem sabe acabar com a violência, me permito sonhar.
Equipe do seminário violência, sociologia, segundo semestre noturno: Marcelo Passos, Rafaelle, Barbara, Telma, Halley, Dilma, Jaqueline e Laiane.
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